terça-feira, 25 de julho de 2017

Sobre a linguagem como método de alcançar a realidade

A linguagem não é o obstáculo que impede nosso acesso à realidade mas, a manifestação das nossos limitações intrínsecas em assimilá-la.
Sem ela não só não saberemos mais sobre a realidade como também não saberemos que não sabemos.

Através das palavras organizamos o mundo. Através das palavras também organizamos nosso mundo interno. O costume é traduzir em palavras o pensamento, tamanho nosso apego à esta forma.
Porém forma não deve se confundir com o conteúdo: O mundo, nosso mundo interno (e nossos pensamentos) não são feitos de símbolos.
E assim como conhecemos mais a realidade quando percebemos nossos limites para percebê-la, da mesma forma partimos para o entendimento mais profundo da realidade à partir da observação dos limites da linguagem.

Podemos construir a partir daí conhecimento embasado sobre o além-nós. (Sem o preto não há branco, dessa forma o novo se relaciona com o antigo, à isso se pode nomear conhecimento relativo.) Sem isso, corremos os risco de começar a sustentar um método paralelo de conhecer a realidade que comete alguns mesmos erros da que já se consolidou. Devemos descartar totalmente o que já conhecemos apenas quando houver alternativa mais suficiente (se igualando e indo além).

Humildade -> Paciência...

Existem quase que exclusivamente duas
 contrastantes posições mentais que as
pessoas adotam sobre seus preconceitos
enraizados, seus condicionamentos sociais
 prejudiciais, entre outros defeitos internos
 em geral.

Ou se finge que não ter tais defeitos internos
pois aspira não tê-los,
ou os exalta fazendo-se acreditar que não
são defeitos.

É a humildade que traz a incomum
possibilidade de ser honesto sobre seus
defeitos internos sem precisar diminuir os
maus efeitos causados por eles.

Pois com a humildade aceita-se as próprias
limitações de tempo e energia para corrigir-
se. Surge a paciência consigo mesmo.

Não conhecer o inimigo dá a ele a vantagem.

Falar com força sobre sua fraqueza, não a
torna fortaleza.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Auto-conhecimento, o aspecto não-racional

Quando as críticas não lhe cabem
falta olhar
assim, é um dever prosseguir no caminho
adentra no escuro e traga-o à luz

não há expectativas no escuro
não há falsas garantias
só há vontade
e para toda vontade uma razão
e para toda razão uma crítica válida
pois toda escolha é uma renúncia

assim, toda vontade se basta
se entendida
e entender a vontade é trazer luz
para um caminho escuro sem fim

sábado, 5 de dezembro de 2015

Precisa de muita poesia pra reconstruir o você que existe em mim

Precisa de muita poesia pra reconstruir o você que existe em mim, mais do que deve existir.


É uma vontade de comer com todo o corpo.
.
.
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Tanta (m)água tirou da dormência semente, não mais o amor é lenda desacreditada.
.
.
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fim. . ,
Um ponto em que se escorre tanto que virgúla.


Que a vida nos permita
como se permitir fosse intransitivo
como se transitar fosse transitório
e o trânsito fosse ilusório
e a verdade é o querer que o sentir repita
pq uma parte de mim ficou parada
esperando a outra voltar vivida.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Hoje eu morri.
http://www.sobreavida.com.br/2011/10/20/o-que-falar-para-alguem-esta-prestes-a-morrer/
Every night i was born again.

Aforismos

Não há ciência que nos faça duvidar mais dos nossos sentidos do que o senso comum.

Às vezes você sai à procura todo o conhecimento possível e acaba descobrindo que estava certo desde o início. - Jornada ao Ceticismo

A maior parte do tempo eu convivo bem com o fato da vida não ter sentido. Mas em alguns momentos isso tira toda minha vontade de melhorar.

Estou procurando alguem pra me inspirar
Até dentro de mim mesmo

O sutil pode tornar-se imperceptível. o imperceptível é inquestionável.


Você não deve se preocupar em vencer, mas em saber lutar bem (e sempre), porque lutar bem é a única coisa que depende de você. Lute bem e espere ter azar em forma de dificuldades somente o bastante para permitir que sua vitória seja ainda mais engrandecedora.

terça-feira, 10 de março de 2015

Método Científico é Anti-Satisfação

Se cada escolha tem pontos positivos e negativos e não há, à priori, uma prevalecimento de alguns valores sobre outros - ou seja, não existe um manual de como solucionar dilemas - então, a definição da hierarquia de importância dos valores é completamente arbitrária e individual, sendo assim, qualquer escolha é sempre-válida desde que justificada de maneira sólida para nossa própria consciência. 

Modos para isso? Elaboração psíquica... Negociar consigo mesmo...

A partir disso, temos que o grande segredo da felicidade é 1.reunir argumentos que sustentem suas escolhas durante a prática destas, e 2.argumentos que refutem todas as outras possíveis escolhas alternativas que ameacem angustiar-te com a revelação da dúvida. 

O método científico, portanto, não seria de todo bem-vindo, benéfico, ou construtivo à uma vida de satisfação. Sendo este exclusivamente bem usado antes e após a execução da escolha/o Momento da Ação, e não durante.

Concluí-se assim, que para se obter a melhor qualidade no Momento de Ação não deve co-existir a angústia. O Momento da Ação e no Momento de Reflexão, estes dois, devem ser vividos separadamente e não devem se misturar. 

Esta filosofia é por vezes aclamada ao citarem idéias como as de "viver o presente"/"estar presente por inteiro". Porém é onde, infelizmente, é frequentemente extrapolada para situações que não deveria ser, tipificando uma tentativa demasiada simplista de ditar um modo de viver.


Atualização 22/04/2015: Uma boa parte desse pensamento que eu tentei explicar eu encontrei muito melhor explicado em uma frase mais curta: "Pode estar em dúvida se atravessa o rio antes ou depois de atravessá-lo, mas não pode estar em dúvida enquanto o atravessa."